Por: Dra. Giuliana De Luca
Psicóloga Clínica
Vivemos tempos de um comportamento robotizado no pensar e agir, sempre tentando dar conta de tudo, ser eficiente, efetivo e agindo em alta performance.
Já ouvi pacientes dizerem que precisam ser infalíveis! Assustador, não é?!
A questão é que não somos infalíveis. Somos seres humanos, passíveis de erros, de defeitos e de vulnerabilidades. E sabem, vejo força na vulnerabilidade, pois ser (ou estar) vulnerável é ter a coragem de aparecer e ser visto quando não se tem controle sobre o resultado. Isso é incrível quando os demais (do trabalho, da academia, da faculdade, da escola dos filhos) tem a preocupação de sempre serem vistos como verdadeiros fenômenos.
A verdade é que devemos abandonar esse novo padrão robotizado e defender o comportamento humanizado, conectando-nos com nossas
vivências e necessidades do momento.
Essa busca pela alta performance tem trazido grandes prejuízos emocionais e físicos para os colaboradores das corporações, que buscam por melhores resultados, produtividade e hiperconectividade de seus colaboradores. Muitos trabalhadores, pouco a pouco, são levados a viver permanentemente estressados e pressionados por seus múltiplos encargos.
O burnout é um conjunto de sintomas psicoemocionais e fisiológicos constituído principalmente pelo esgotamento profissional, a perda de autoestima e a desmotivação no trabalho. Ele se origina em um desequilíbrio entre as exigências profissionais e a capacidade de administrá-las (ou seu medo de não ser capaz disso).
O burnout representa uma gama de sintomas que têm impacto negativo sobre a saúde e as performances dos indivíduos. Sua origem é geralmente profissional, mas condições da vida privada podem agravar os sintomas.
Dentre suas principais características, temos:
• Necessidade de se afirmar (provar ser capaz de tudo, sempre);
• Dedicação intensificada;
• Descaso com as necessidades pessoais;
• Recalque de conflitos (o portador percebe que algo não vai bem);
• Reinterpretação dos valores;
• Negação de problemas (nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes);
• Recolhimento (aversão a grupos, reuniões – comportamento
antisocial);
• Mudanças evidentes de comportamento;
• Vazio interior (sensação de desgaste, tudo é difícil e complicado);
• Depressão (o burnout e a depressão podem derivar um do outro, mas não representam a mesma patologia);
• Colapso físico e mental.
Devemos, portanto, nos atentar ao fato de alimentarmos essa patologia com frequência, em hábitos simples, incluídos em nossas rotinas.
Como exemplo, cito o fato de já ter visto inúmeras vezes, indivíduos aproveitando estarem em um salão de beleza, onde deveriam cuidar de sua saúde e estética, utilizarem o tempo em que a pedicure faz seu pé ou o tempo em que ficam com tinta no cabelo, para trabalharem em seus respectivos notebooks e celulares, como se aquilo não pudesse esperar; permitindo que aquele momento, que deveria ser de autocuidado, de bate papo e de relaxamento, passe a ser mais um “agilizador de resultados”. Isso sem dúvida alguma, é um modelo de boicote à saúde mental e física.
Ou mesmo quando levamos um filho à terapia e saímos enquanto ele está sendo atendido, para resolvermos questões pendentes. Sabiam que existe um estudo que diz que uma parcela muito grande das crianças e adolescentes atendidos em clínicas psicológicas, quando sabem que seus pais estão aguardando por eles na sala de espera, já demonstram grande melhora em questão de sentirem-se protegidos e seguros? Simplesmente, porque concluem que são realmente importantes para esses pais, a ponto de estes deixarem suas questões pessoais e profissionais pelo bem-estar de seus filhos.
Com base nisso que acabamos de ler, tenho um desafio para propor a vocês: que tal, apreciarmos momentos de autoamor e autocuidado, como uma visita ao salão de beleza, ao spa, ao psicólogo, visando nosso autoconhecimento e saúde, para em seguida, simplificarmos as questões a serem resolvidas em nosso campo profissional? Um colaborador calmo, sereno, equilibrado, certamente proverá frutos mais doces e viçosos na sua entrega de resultados. O que vocês acham?
Dra. Giuliana De Luca -Psicóloga Clínica
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